Como técnico, Coria volta a encontrar motivação no tênis

Como técnico, Coria volta a encontrar motivação no tênis

29/03/2010 às 15h06

Coria foi vice-campeão em Roland Garros

Medelín (Colômbia) - O argentino Guillermo Coria, que chegou a ser número 3 do mundo em 2004, afirmou que treinar os juvenis de seu país durante os Jogos Sul-Americanos de Medelín conseguiu devolver a felicidade e motivação que havia perdido no final de sua carreira como jogador profissional.

“Foram muitos os fatores que me deixaram sem motivação quando era jogador. Primeiro, tive uma operação no ombro que foi muito complicada, também teve a acusação injusta de doping (em 2001). Isso me afetou muito, foi me desgastando mentalmente e para se estar entre os melhores você tem que estar motivado”, lembrou o argentino de 28 anos.

Sem muita experiência como técnico, Coria até que fez um bom trabalho com o time masculino da Argentina, que levou o ouro em simples com Facundo Arguello e a prata com Agustín Velotti, além de ter faturado a prata nas duplas. “Estou muito contente de ter conseguido atingir nosso objetivo, que era ganhar uma medalha”, afirmou.

Afastado do circuito desde 2008, quando chegou a disputar a temporada normalmente até o mês de agosto, o argentino chegou a participar do challenger de Bangcoc em 2009, em sua última aparição no circuito. Sua participação como técnico nos Jogos Sul-Americanos deixaram Coria empolgado, sendo que na semana passada ele havia deixado no ar uma possível volta.

"Não descarto nada", afirmou enigmático Coria. "É algo que ainda está um pouco longe, mas tudo pode acontecer". O talentoso jogador conquistou nove títulos de simples na carreira e amealhou quase US$ 6 milhões em premiações. A grande frustração do atleta natural de Rufino foi ter perdido a decisão de Roland Garros, em 2004, para o compatriota Gastón Gaudio de maneira surpreendente, com incrível virada.