Líder de rebeldes diz que não é terrorista e que mortes de togoleses foi "azar"
Pessoas ficam abaixadas após o ataque à delegação do Togo na região de Cabinda
Crédito da foto: Reuters
- 15h11
- 10Jan
por ESPN.com.br
Em entrevista publicada neste domingo pelo jornal "Folha de S.Paulo", o líder do grupo de rebeldes que atacou o ônibus da seleção de Togo quando chegava em Angola, Rodrigues Mingas, afirmou que os togoleses deram "azar.
"O ataque não foi contra a equipe do Togo. Nós não temos nada contra eles. Nós estamos em guerra contra Angola, que ocupa ilegalmente nosso território. Ordenamos atacar as forças angolanas, e a equipe do Togo, por azar, foi atingida por nossa tropa", disse o líder.
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O atentado aconteceu na última sexta-feira, na região de Cabinda, na fronteira entre Angola e Congo: o ônibus que levava a delegação de Togo que disputaria a Copa Africana de Nações foi alvejado por diversos disparos de metralhadoras. O motorista do veículo, o assessor de imprensa e um auxiliar técnico da seleção togolesa foram mortos, e o goleiro reserva Kodjovi Obilale recebeu dois disparos nas costas e está em estado grave.
Rodrigues Mingas, que é secretário-geral das Forças de Libertação do Estado de Cabinda (Flec)-Posição Militar, revelou que avisou os organizadores da Copa Africana sobre a possibilidade de emboscadas: "Nós tínhamos avisado os organizadores. A carta está na mesa do presidente (da Confederação Africana de Futebol). Em resposta, as autoridades disseram a eles: (os rebeldes) são uns bandidos, não há problema".
O líder da Flec negou que seu grupo seja terrorista. "Angola mata cabindenses em nosso território e isso nunca é condenado. Ontem eu vi um governante angolado dizer que nós somos um grupo terrorista. Não somos. Os terroristas estão no Oriente Médio, não na África Central. Somos independetistas", garantiu Rodrigues Mingas.
A seleção de Togo, inicialmente, desistiu de disputar a competição continental, mas no sábado à noite os jogadores disseram que participariam em memória dos três mortos. O governo do país, porém, demoveu os atletas da ideia e pediu a volta imediata da delegação.
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