Bola da Copa é lançada com intuito de ser "a mais precisa de todas"
Felipe Collins Figueiredo, especial para a GE.Net Marcelo Ferrelli/Gazeta Press
Com gomos em 3D e ranhuras, Jabulani quer ser a bola mais precisa da história
Precisão, um tiro certeiro, sem interferência do vento ou de qualquer outro fator externo. Este é o objetivo da bola oficial da Copa do Mundo de 2010. O nome da pelota, "Jabulani", que significa celebrar no dialeto Bantu isZulu, um dos 11 idiomas reconhecidos na África do Sul.
Onze também é o número de cores presentes na bola, que aposta em duas tecnologias para tentar se tornar a mais precisa possível. "Os gomos desta bola foram fabricados já no molde em que se encaixam na bola, de forma 3-D, para uma melhor aderência", explicou Luciano Kleiman, diretor de Sports Performance da Adidas. "Além disso, ela tem ranhuras, chamadas 'Grip and Groove', que evitam a interferência do vento".
A bola, que foi testada em clubes como Bayern de Munique, Milan e equipes da África do Sul, e por jogadores como Kaká, Michael Ballack e Frank Lampard, demandará um pouco de adaptação por parte dos atletas, e não deve influenciar na performance individual de cada um. "As seleções receberão a bola a partir da próxima partida, e terão um bom tempo para se adaptar. Vai depender mais de quem joga do que propriamente da bola", afirmou Kleiman.
Mesmo mais precisas e sem a interferência de fatores externos, a tendência é que os goleiros não sofram tanto com esta nova bola. Isso porque o camisa 1 do Chelsea Peter Cech também colaborou com o desenvolvimento da Jabulani. "Não creio que vá atrapalhar os goleiros"
Outra diferença da bola deste Mundial é o número de gomos. As usadas de 1970 até 1998 tinham 32 gomos, e as de 2002 e 2006 14 gomos, enquanto a "Jabulani" conta com apenas oito, sem costuras, que segundo Kleiman "aumentam a resistência ao ar".
Apesar do arqueiro Peter Cech também estar presente no desenvolvimento da Jabulani, o ex-volante Mauro Silva crê que a tecnologia e o aumento da precisão irão atrapalhar um pouco aqueles que têm o dever de defender as metas de suas equipes. "Existe uma preocupação de dominar a tecnologia e nos ajudar. No final todo mundo acostuma, os goleiros reclamam mas a gente gosta", afirmou o meio-campista campeão em 1994.
Marcelo Ferrelli/Gazeta Press
Mauro Silva, Carlos Alberto Torres e Paulo Sérgio notaram diferenças na bola do Mundial de 2010
Capitão da Copa de 1970, Carlos Alberto Torres elogiou as inovações do Mundial de 2010. "Estivemos há pouco na África do Sul e vimos os campos. Agora os gramados estão lisinhos, a bola tem toda essa tecnologia, o jogador não tem o que reclamar", disse o ex-lateral direito.
No entanto, o 'Capita' vê uma grande desvantagem na nova pelota. Homenageado em Johanesburgo por ter feito o gol mais bonito da história de todas as Copas, Carlos Alberto Torres não crê que repetirão o feito. "As bolas de antes eram mais pesadas, se fosse o mesmo lance com essas bolas de hoje talvez o chute subiria e sairia lá para a arquibancada", brincou.
Vestindo a camisa- Além da bola da Copa do Mundo, o evento no Museu do Futebol também serviu para a apresentação dos uniformes que a fornecedora Adidas produziu para o Mundial ao público brasileiro, com seleções como Espanha, Alemanha, Argentina, México e Japão. A novidade desta edição é que o atleta poderá escolher entre dois modelos do mesmo uniforme, um mais apertado, para auxiliar na compressão muscular, e outro mais largo, para melhor movimentação e controle de temperatura.
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